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Evolução dos organismos - o desenvolvimento de seres com habilidades sobre-humanas

Evolução é um processo natural de transformação e substituição das espécies. A saga da vida começou há bilhões de anos, através da evolução. Há cerca de 3,5 bilhões de anos surgiu a vida no planeta através de organismos unicelulares, primitivos. Animais vertebrados apareceram apenas, no período Ordoviciano há cerca de 500 milhões de anos, com os primeiros peixes. No Devoniano, há 410 milhões de anos apareceram os anfíbios que iniciaram a aventura terrestre, destes vieram os répteis há cerca de 345 milhões de anos, no Carbonífero. No triássico há 225 milhões de anos apareceram os dinossauros e os primeiros mamíferos.


A mais famosa extinção em massa ocorreu no Cretáceo, quando os dinossauros de repente faleceram, junto com uma enorme variedade de outras espécies. Há evidências que o responsável pela catástrofe foi o impacto de um corpo cósmico. Ao que parece, devemos nossa vida a um desastre astronômico casual.


Os primatas surgiram há 25 milhões de anos e os primeiros precursores do homem há 1 milhão de anos. O Homo sapiens possui uma incrível capacidade cerebral com um crânio com cerca de 2000 centímetros cúbicos. Um cérebro pensante, capaz de compreender boa parte dos mistérios do universo, de criar arte, comunicação sofisticada, tecnologia, mas paradoxalmente, também capaz de provocar impactos ambientais, miséria, fome e epidemias.


Milhões de espécies de seres vivos foram extintos na transição Cretáceo-Terciário. Entre elas, os dinossauros, os insetos atravessaram este período relativamente intactos. Praticamente todas as ordens sobreviveram, como por exemplo, lepidópteros (mariposas e borboletas), coleópteros (besouros) e dípteras (moscas e mosquitos).


Charles Darwin em A Origem das Espécies (1859), refutou a antiga noção de que todos seres vivos da Terra foram varridos da superfície por catástrofes em períodos sucessivos.


A paleontologia moderna demonstrou que em alguns curtos intervalos de tempo geológico, ocorreu a extinção de percentuais significativos da vida. Os paleontólogos se aproximam do “devagar e sempre” preferido por Darwin.


Nos últimos 500 milhões de anos ocorreram cinco grandes catástrofes nos períodos geológicos citados: Ordoviciano, 440 milhões de anos atrás; Devoniano, 365 milhões de anos, Permiano, 245 milhões de anos, Triássico, 210 milhões de anos e Cretáceo, 66 milhões de anos.


As espécies que vivem atualmente representam menos de um centésimo de 1% de todas as espécies que já viveram no Planeta.


Pesquisas recentes analisaram 1478 genes das ordens de insetos existentes na atualidade, bem como de seus parentes, comparando-os aos registros fósseis. As conclusões reconstruíram a árvore filogenética dos insetos e apontaram para o surgimento do grupo há 480 milhões de anos no período Ordoviciano.


O grupo irradiou-se em diversas formas, dominando os ambientes terrestres e de água doce em todo o mundo. A maioria dos organismos terrestres não viveria sem os insetos.


Segundo o biólogo Edward Wilson os entomólogos são constantemente indagados se os insetos tomarão conta do planeta caso o homem se extingua. A pergunta é equivocada, os insetos já tomaram conta da Terra. Quanto menor o tamanho, maior o número de espécies.


As pulgas perderam seus dois pares de asas. Os mosquitos perderam um dos pares. O segundo par de asas transformou-se nos halteres que vibram na frequência dos batimentos de asas, funcionado como estabilizadores durante o voo.


No filme Jurassic Park, baseado no livro de Michael Crichton, os dinossauros “ressuscitaram” a partir do DNA extraído do sangue encontrado do interior de mosquitos hematófagos preservados em âmbar fóssil do Mesozoico. Esta ideia, embora equivocada, foi considerada por alguns paleontólogos por um período.


No mês de setembro de 1992, a Revista Sciense publicou o relato de paleontólogos, afirmando terem conseguido extrair vários fragmentos de DNA de um cupim de 25 a 35 milhões de anos de idade aprisionado em âmbar.


Segundo o paleontólogo Stephen Jay Gould podemos recuperar fragmentos ou até um gene inteiro, mas não há como reconstruir um organismo inteiro a partir de um pequeno percentual de seus códigos genéticos. No próprio filme Jurassic Park os cientistas reconhecem essa limitação quando os mesmos usam o DNA de rãs recentes para preencher as lacunas dos programas dos dinossauros.


Vinte gerações para os seres humanos podem ocorrer em cerca de 400 ou 500 anos, para os cachorros aproximadamente 40 anos. Insetos têm o ciclo de vida curto, às vezes, uma nova geração a cada 12 dias, como ocorre com a mosca-das-frutas que põe mil ovos, favorecendo desta forma as mutações.


Cada ser vivo desenvolveu-se se tornando um fábrica de produtos químico, produzindo substâncias para sobreviver num planeta competitivo. Fungos sintetizam antibióticos que inibem o crescimento bacteriano. Borboletas monarcas podem carregar nas suas células armas químicas.


O biólogo Edward Wilson relata que milhões de anos de testes pela seleção natural transformaram os organismos em químicos de habilidades sobre-humanas, paladinos na resolução da maioria dos tipos de problemas biológicos que afligem a saúde humana.



Referências Bibliográficas


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Gould SJ. Dinossauro no palheiro: reflexões sobre história natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.


Lewontin R. A Tripla hélice: gene, organismo e ambiente. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.


Misof, BL. et. al. Phylogenomics resolves the timing and pattern of insect evolution. Revista Science, v. 346, p. 763-767, 2014. Disponível em: http://science.sciencemag.org/content/346/6210/763?sid=809adc85-c231-4acc-a438-1c9e6fa8828f. Acesso em: 12/12/2018


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Wilson EO. Diversidade da vida. São Paulo, Companhia das Letras; 2012.


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